Saiba quais são as principais propostas dos candidatos à presidência para a área de tecnologia
As eleições estão marcadas para o próximo dia 7 e às vésperas do fatídico dia os ânimos dos eleitores ficam muito alterados. Tão alterados que acabam por esquecer coisas técnicas e realmente significantes de seus candidatos preferidos: as propostas.
O setor de tecnologia no Brasil caminha a passos lentos, mas vem recebendo muitos investidores e inovação nos últimos anos, mas comparado a outras nações ainda há muito caminho a galgar para alcançar um nível aceitável de desenvolvimento. Para tanto, pesquisamos o que os principais presidenciáveis tem a oferecer para ajudar neste crescimento que tanto esperamos.
ÁLVARO DIAS (Podemos)
O programa de Álvaro Dias já deixa claro a preocupação com o setor de Ciência e Tecnologia. Fazendo parte de uma nova pasta, o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações (MCTIC), teve redução de R$ 10 bilhões (em 2010) para R$ 4,8 bilhões no ano passado.
Dias aposta na inovação com um programa conhecido como "Indústria 4.i", com a ajuda do BNDES criar um fundo para financiamento de startups em estágio inicial e investir em desenvolvimento, infraestrutura e aprofundamento da Internet das Coisas.
CIRO GOMES (PDT)
O cearense pretende investir em massa em tecnologia em programas governamentais para ancorar e estimular o desenvolvimento tecnológico no restante dos setores. Ciro também aposta em um fundo semelhante ao de Álvaro Dias para amparar startups.
FERNANDO HADDAD (PT)
Haddad utiliza o histórico de investimentos tecnológicos realizados nos anos em que o Brasil foi liderado pelo PT, de 2003 a 2016. O substituto de Lula afirma que é importante dar destaque aos grandes e médios negócios, onde estão a maioria das empresas especializadas em soluções em tecnologia e que inclusive oferecem serviços a empresas muito maiores.
A principal ação de Haddad seria recriar o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, dissociando-o da pasta das Comunicações, e implementar um plano decenal de investimentos na área, atingindo o patamar de 2% do PIB até 2030. Além disso, o candidato afirma que vai realizar uma parceria com o Sebrae para auxiliar essas pequenas e médias empresas.
GERALDO ALCKIMIN (PSDB)
Assim como Haddad, o candidato do PSDB também bate na tecla dos 2% ao ano do PIB gastos com investimentos na área de tecnologia como uma meta a ser atendida. Alckimin quer investir em ferramentas do setor público para conseguir disponibilizar recursos móveis de autoatendimento do cidadão, podendo realizar processos comuns pelo computador ou celular sem precisar se deslocar até uma unidade de atendimento qualquer.
O tucano quer integrar universidades, empresas, governo e fundo de investimentos e revisar leis como a Lei de Informática e a Lei do Bem para garantir melhores investimentos.
GUILHERME BOULOS (PSOL)
Boulos busca primariamente a redução da desigualdade social no país, e no que tange o assunto comentado, o programa do candidato do PSOL pretende garantir tecnologia de qualidade para suprir necessidades necessidades básicas dos cidadãos.
A ideia é investir e trabalhar com desenvolvimento de empresas de pequeno e médio porte para estimulação da economia, trazendo consigo o investimento e inovação necessários para atingir os objetivos de melhoria em mobilidade urbana, saneamento básico e recursos hídricos, e sistema de saúde.
HENRIQUE MEIRELLES (PMDB)
Meirelles acredita em um crescimento da economia brasileira em cerca de 4% ao ano em seu governo. Buscando criar mais empregos, o candidato quer simplificar e informatizar a gestão de mão de obra para facilitar a entrada dos jovens no mercado de trabalho. Além disso ele quer melhorar a comunicação com a população criando uma espécie de Gabinete Virtual para que as pessoas possam ter um melhor acesso aos canais da presidência.
Meirelles também deseja melhorar os serviços de internet e a forma de acessá-la para que o número de brasileiros conectados à web aumente exponencialmente.
JAIR BOLSONARO (PSL)
O candidato do PSL cita Estados Unidos, Israel e Coreia do Sul como países exemplo em questão de investimento tecnológico em pesquisas. A ideia do candidato é permitir que esse tipo de investimento, principalmente o internacional, encontre um acesso mais fácil para estimular o desenvolvimento.
Bolsonaro visa integrar os níveis municipal, estadual e federal de educação, para que possam trabalhar em conjunto para também investir em uma ideia de educação de empreendedorismo em que o estudante saia da universidade pensando em abrir uma empresa. Com uma ideia parecida com a de Meirelles de informatizar o autoatendimento, Bolsonaro quer criar um Prontuário Eletrônico Nacional Interligado, porém informatizando postos para que o cidadão consiga realizar processos básicos sem pegar filas.
JOÃO AMOEDO (Novo)
Amoedo aponta que o principal problema geral é a burocratização dos sistemas do governo. O candidato quer que tudo se torna mais fácil e ágil, para permitir que tanto os servidores quanto os cidadãos possam se orientar e trabalhar utilizando as ferramentas disponíveis.
Para investimentos no desenvolvimento, Amoedo quer permitir que as grandes mentes brasileiras especialistas em tecnologia tenham segurança e encontrem no Brasil um terreno fértil para implantar e pesquisar, evitando assim que saiam do país para trabalhar em empresas estrangeiras. A ideia também é ampliar as ferramentas tecnológicas para aumentar a eficiência das polícias no combate e investigação de crimes.
Ele também pretende criar um prontuário universal (parecido com o de Bolsonaro) com histórico do paciente para facilitar a consulta tanto do próprio quantos dos médicos ao realizar exames, internações e etc.
MARINA SILVA (PV)
A candidata do Partido Verde acredita que recursos voltados para Ciência e Tecnologia são investimentos e não gastos. Buscando também retornar com o Ministério da Ciência e Tecnologia, Marina também quer usar os 2% do PIB em investimentos, digitalizar canais de comunicação para divulgar com maior transparência indicadores sociais e econômicos, criar fundos para projetos de desenvolvimento tecnológico e acabar com barreiras tarifárias e não tarifárias para a importação de serviços e equipamentos do exterior.
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