Pesquisadores transformam DNA de bactérias em HD para armazenar imagens
Sabe-se que o DNA é a fonte de armazenamento mais potente existente. É possível armazenar em apenas 1 grama de DNA o equivalente a cerca de 455 exabytes (mesma coisa que 100 bilhões de DVDs).
E sabendo disso, cientistas do National Institute of Mental Health, dos Estados Unidos, modificaram o DNA de bactérias para fazer o armazenamento de dados. Assim esses cientistas usaram a imagem de uma mão humana e cinco quadros do cavalo Annie G, registrados no final do século 19 pelo pioneiro britânico da fotografia Eadweard Muybridge, e inseriram nos nucleotídeos (blocos construtores do DNA) de bactérias E.coli, produzindo um código relacionado aos pixels de cada imagem. Assim os cientistas perceberam que as bactérias incoporaram os arquivos com uma precisão de 90% como foi esperado.
Além de simplesmente inserir as imagens, os cientistas usaram uma técnica chamada CRISPR para colocar gifs nessas bactérias. As bactérias usam a versão "natural" dessa técnica para guardar informações sobre os vírus que encontram. E esse funcionamento foi "hackeado" pelos cientistas para permitir uma edição mais ampla do genoma.
"A informação não está contida em uma única célula, cada uma consegue ver apenas alguns pedaços do vídeo. O que tivemos que fazer foi reconstruir o vídeo inteiro a partir de partes diferentes", disse Seth Shipman, coautor do experimento, à BBC.
O objetivo dos cientistas é transformar os organismos em gravadores vivos no futuro, assim seria possível extrair bactérias e ver o que deu errado no corpo quando ficarmos doentes da mesma forma que acontece com a caixa-preta de um avião que passou por uma pane.
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