Conheça a Web Semântica e entenda para o que ela serve
Web Semântica (ou Web 3.0) surgiu em 2001 e é uma criação de Tim Berners-Lee, também responsável pela elaboração da World Wide Web (www) em 1989, em colaboração com James Hendler e Ora Lassila com um artigo publicado na revista Scientific American. No auge da implantação da internet ao redor do mundo e com o crescimento desenfreado de tráfego de usuários e informações, a chamada extensão da WWW despontou como uma forma de organizar as informações para evitar dispersão e perda de dados para que assim tudo se relacionasse de uma forma mais adequada.
Berners-Lee é o criador da WWW e ajudou a elaborar o conceito da Web Semântica em 2001. É uma das pessoas mais preocupadas
com o que a internet pode vir a se tornar no futuro
Um desses exemplos de organização adequada de dados é o RDF (Resource Description Framework) que são modelos ou fontes de dados, também conhecidos como metadados, tecnologia endossada e recomendada pela W3C (World Wide Web Consortium) desde fevereiro de 1999, tendo como principais objetivos criar um modelo simples de dados, com uma semântica formal, usar vocabulários baseados em URIs e sintaxes baseadas em XML. Os arquivos RDF têm três componentes básicos: recurso, propriedade e valor, o que torna a linguagem altamente escalável.
Recurso: qualquer coisa que pode conter um URI, incluindo as páginas da Web, assim como elementos de um documento XML.
Propriedade: um recurso que tenha um determinado nome e possa ser utilizado como uma propriedade.
Valor: consiste no valor de uma propriedade, pode ser outro recurso ou valor literal.
Atualmente a maioria dos mecanismos de busca como Google, Yahoo!, Bing e desenvolvedores de soluções e portais de comunicação como a própria Clubesix utilizam o formato RDF para otimizar os rankings de indexação orgânica, dessa forma, os sites que contenham tais informações podem ser melhor qualificados nos resultados de busca. Ao organizar os dados desta forma, o que a web semântica faz é permitir que a busca seja mais simplificada, unificando informações que antes estavam isoladas e espalhadas para não retornar apenas resultados baseados nas palavras-chave utilizadas. Por isso, muitas das vezes ao realizarmos buscas no Google sem saber exatamente do que se trata, o mecanismo acaba nos retornando a resposta correta ou sugestões do que aquilo poderia ser baseado na organização dessas informações.
Outra principal tecnologia pertencente ao funcionamento da web semântica é o XML (eXtensible Markup Language), usado para infraestruturas únicas para diversas linguagens, facilitando o uso de arquivos com simplicidade e legibilidade, tanto para humanos quanto computadores; ligação de bancos de dados separados; possibilidade de criação de tags sem restrição.
Desta forma ao ser utilizado um simples leitor de XML teremos uma estrutura completa de uma receita de bolo de chocolate sem maiores complicações. E é basicamente assim que funcionam as ferramentas de web semântica, por baixo dos panos. Algumas áreas do World Wide Web já incorporaram componentes da Web Semântica. Estes incluem feeds RSS, que usam RDF, e o projeto friend-of-afriend (FOAF), que propõe a criação de páginas pessoais de leitura para as máquinas.
Grande parte função da Web Semântica e praticidade ainda estão em desenvolvimento, e há alguns grandes obstáculos a superar. A descentralização dá aos desenvolvedores a liberdade de criar precisamente as tags e ontologias que eles precisam. Mas, isso também significa que diferentes desenvolvedores podem usar tags diferentes para descrever a mesma coisa, o que poderia tornar comparações de máquinas difícil. Fala-se sobre problemas com identidade, na questão de um site de algum produto ou filme se tratar sobre o filme ou somente sobre a página em si.
Mas a intenção da alicação da Web 3.0 é extremamente benéfica e pode ser vista como uma gigantesca melhoria ao retornar resultados e informações mais concretas aos internautas ao evitar conteúdo que apenas está empilhados nos bancos de dados espalhados pela internet.
FONTE:
DevMedia
Revista Ibict - A Web Semântica e suas contribuições para a ciência da informação (2004)
Orgânica Digital - O que é Web Semântica? (2017)
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